Pesquisar este blog

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Da Costa e Silva- Biografia


 
 
Antonio Francisco da Costa e Silva, o maior poeta telúrico do Piauí, nasceu na cidade de Amarante, em 23 de novembro de 1885. Estudou o primário em sua terra e partiu para o Recife, aproximadamente aos 18 anos de idade, onde cursou Direito. Ingressou no Ministério da Fazenda, após concurso, e passou a ser servidor do Tesouro Nacional. Nesse cargo, percorreu São Luís, Manaus, Porto Alegre e São Paulo.
As raízes de Da Costa e Silva estão plantadas em sua própria terra. Ela é um exemplo e um motivo. Diante dele não estamos apenas diante de um grande poeta, mas diante de um dos maiores valores da poesia universal. Recolheu-se ao silêncio, demente, em 1933, nunca perdendo a identidade e suas raízes. Sempre foi um artista completo, desde santeiro aos amigos da família, em Amarante, a poeta e desenhista, mostrando a vida para seu filho Alberto. Faleceu em 29 de junho de 1950.
 
 Formou-se pela Faculdade do Direito do Recife. Foi funcionário do Ministério da Fazenda, tendo ocupado os cargos de Delegado do Tesouro no Maranhão, no Amazonas, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. foi um poeta brasileiro. Começou a compor versos por volta de 1896, tendo seus primeiros poemas publicados em 1901. Todavia, seu primeiro livro de poesia, Sangue, somente foi lançado em 1908. Exerceu função pública na Presidência da República do Brasil, entre 1931 e 1945, a pedido do então presidente Getúlio Vargas. É o autor da letra do hino do Piauí. Pertenceu à {{Academia Piauiense de Letras]], Cadeira 21, cujo patrono é o padre Leopoldo Damasceno Ferreira. Guilherme Luiz Leite Ribeiro disse que Costa e Silva era pavorosamente feio, o que influiu na sua carreira:Nos tempos do barão do Rio Branco não havia concurso para ingressar na carreira diplomática, e a seleção era feita pessoalmente por ele, que conversava com os candidatos, em geral pessoas de família conhecida, de preferência bonitos e falassem línguas estrangeiras. Antônio Francisco da Costa e Silva, ilustre poeta e pai do embaixador e acadêmico Alberto Vasconcellos da Costa e Silva, conversou com o barão sobre a possibilidade de ingresso na carreira, porém o chanceler foi taxativo: - Olha, o senhor é um homem inteligente, admiro-o como poeta, contudo não vou nomeá-lo porque o senhor é muito feio e não quero gente feia no Itamaraty..." Seu filho, Alberto da Costa e Silva, é um conhecido autor e historiador.
Viveu não só na capitais desses estados, mas também, por mais de uma vez, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Jornalista. Recolheu-se ao silêncio, demente, em 1933. Faleceu em 29 de junho de 1950.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Publicou os seguintes poemas:
 
Sangue (1908), Zodíaco (1917), Verhaeren (1917), Pandora (1919) e Verônica (1927). Organizou ele próprio uma Antologia de seus versos, cuja primeira edição é de 1934. Posteriormente saíram mais duas edições; a última em 1982..
Obras
  • Sangue (1908),
  • Elegia dos Olhos,
  • Poema da Natureza,
  • Clepsidra,
  • Zodíaco (1917),
  • Verhaeren (1917),
  • Pandora (1919),
  • Verônica (1927),
  • Alhambra (1925-1933), obra póstuma inacabada,
  • Antologia (coleção de poemas publicada em vida - 1934),
  • Poesias Completas (1950), coletânea póstuma. De suas Poesias Completas publicaram-se três edições: em 1950, 1975 e 1985

A poesia de Da Costa e Silva assenta-se em duas escolas: Simbolista, interpretada nos poemas de Sangue; e Parnasiana, que determinou a fixação de seus poemas. Apreciado poeta do seu tempo, Da Costa e Silva é a maior força da poesia telúrica do Piauí. Sobre ele assim se expressa Silveira Bueno: "Se o primeiro livro (Sangue, 1908) ainda oferecia alguma influência simbolista, já no segundo (Zodíaco) se firmava como verdadeiro parnasianismo, com reflexos de Verhaeren. Foi a melhor obra de toda a sua produção." Para Wagner Ribeiro "a poesia de Da Costa e Silva traz luminosa exaltação e um inebriamento comunicativo". Mário Rodrigues chega a compará-lo em grandeza com Edgar Allan Poe, Cruz e Sousa e Álvares de Azevedo. Arimathéa Tito Filho define-o como "alta afirmação da poesia simbolista nacional".

Os versos do poeta seguem rigidamente as normas ditadas pelas escolas literárias que busca seguir. Mesmo assim, não deixam de ter um cunho intimista e profundamente calcado nos sentimentos e pensamentos do autor. Da Costa e Silva não era um poeta meramente seguidor de normas, mas um ser humano sensível e ligado a todas as recordações de sua vida, seu passado, seus amores, sua família e sua terra natal.
 
Paullo Cesar.

 

 

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário